A reversível
da Radial Leste é uma logística única e grandiosa, diferentes no pico da manhã
e da tarde. Uma verdadeira sinergia de uma equipe grande, cronometrada em
inúmeros detalhes.
A montagem do
pico da manhã é feita em 2 turnos, às 4hs e 5hs.
É tão dinâmico
e envolvente, que às 4hs a equipe já está praticamente pronta, trocada e fazendo
vistoria das viaturas, que compreendem 2 sprinters e 4 pick ups. São contados
diariamente e distribuídos 460 cones.
Às 5hs entra
o segundo turno, na mesma velocidade, sai uma viatura ducato, que distribui os
operadores nos cruzamentos mais próximos ao centro. Eles precisam estar todos
posicionados antes da abertura às 5h50. E mais 3 motociclistas que seguem os
locais de ativação.
Simultaneamente às 5hs, o primeiro turno inicia a montagem no Glicério por 2 pick ups, uma grande e complexa canalização, enquanto as outras 2 estão montando a canalização sobre Vd Jaceguai.
Cada frente é
composta por uma sprinter com 4 operadores, motorista e 3 que se revezam na
colocação dos cones. As 2 pick ups fazem a escolta atrás e outra na lateral à
direita.
A primeira frente segue do Vd Jaceguai até o Belém. Os operadores realizam dois bloqueios, na ligação leste-oeste e no Bresser.
A primeira ativação acontece às 5h50min., no Tatuapé.
A colocação
dos cones na via em movimento é feita a 20 km/h, não é tão simples quanto
parece, requer prática e habilidade para os cones ficarem em pé, corretamente
posicionados. Há operadores que conseguem colocar os cones sem deixar cair
nenhum, até a 60 km/h, tamanha agilidade.
Há trechos que
os cones são colocados para dentro da faixa seccionada, no meio e outras para
fora, de acordo com a largura da faixa da esquerda, que varia com as condições
de curva, declividade e iluminação. A distância também é calculada a cada 4 ou
5 seccionadas. E nos trechos de linha contínua, o distanciamento é pela
prática. Há trechos de uma faixa, que mudam para 2 faixas, também de
acordo com o adequamento do trânsito.
A cada cruzamento é colocado mais um cone para fechar a reversível, que ainda não está ativada, para os veículos das transversais não acessarem e causarem acidentes.
A cada cruzamento é colocado mais um cone para fechar a reversível, que ainda não está ativada, para os veículos das transversais não acessarem e causarem acidentes.
A ativação da
faixa é feita por uma pick up, seguida de dois motociclistas para realizarem os
levantamentos dos cones caídos e o deslocamento dos cones que bloqueiam os
cruzamentos, em seguida uma outra viatura 4 rodas para proteger os
motociclistas, para então começar a circulação dos veículos de munícipes. Durante a ativação é feita a distribuição dos operadores, que realizaram
a montagem, nos cruzamentos.
Após a
ativação os operadores das 4 pick ups seguem em rota pela Radial, dividida em 5
trechos. As motos idem, e são responsáveis pelo levantamento dos cones que caem,
dividido em 3 rotas de monitoramento e fazem as rendições dos operadores em
pontos fixos, que não podem se ausentar do local para a proteção aos pedestres, que ao fazerem a travessia se esquecem que o trânsito da reversível está vindo em
sentido oposto ao que estão condicionados a se atentar para atravessar.
Durante as 2 horas de funcionamento tudo é monitorado com apoio de telefones, a central de operação, 2 pac’s (funcionários sobre terraços de prédio munidos de rádio e binóculos), e as câmeras do DCS 3 (funcionários que monitoram câmaras e semáforos da região). Qualquer interferência na via, veículo quebrado, acidente, semáforo quebrado e as mais diversas ocorrências, tem que ser resolvido o mais rápido possível por esta mesma equipe.
Durante as 2 horas de funcionamento tudo é monitorado com apoio de telefones, a central de operação, 2 pac’s (funcionários sobre terraços de prédio munidos de rádio e binóculos), e as câmeras do DCS 3 (funcionários que monitoram câmaras e semáforos da região). Qualquer interferência na via, veículo quebrado, acidente, semáforo quebrado e as mais diversas ocorrências, tem que ser resolvido o mais rápido possível por esta mesma equipe.
Às 8hs começa a desmontagem no início da reversível. Ela é feita por trechos. Primeiro passa um comboio de fechamento com veículo 4 rodas e moto, fechando cada cruzamento e abrindo o seguinte acesso. Depois a equipe com a sprinter volta a se reunir para a desmontagem.
A equipe das 4hs desmonta até o Bresser e volta para a base, a das 5hs segue na desmontagem deste trecho até o final. Todo esse processo de desativação e desmontagem leva 2 horas, cada acesso é fechado conforme avaliação do trânsito em ambos os sentidos, feita pelo supervisor ou gestor que está acompanhando.
Leva-se em média três meses para entender toda logística, aprender cada detalhe dos trechos, e
conseguir manusear os cones em movimento. É uma enorme engrenagem que precisa estar estar bem orquestrada, onde o
foco são os detalhes e a segurança.
Histórico
Histórico
A faixa
reversível da Radial começou em 1997, inicialmente, como faixa solidária, que começava
no metrô Tatuapé e apenas veículos com mais de um ocupante poderiam adentrar,
estimulando a carona. De lá para cá, várias alterações foram realizadas ao longo
do tempo se adequando às características do trânsito, sempre visando a melhoria
desta operação, numa das mais importantes via de ligação da enorme zona leste ao
centro da cidade, que é a Radial Leste.
Esta faixa funciona o ano inteiro, de segunda a sexta, exceto feriado, emendas e na semana entre o natal e o ano novo.
Fatalidade
Esta faixa funciona o ano inteiro, de segunda a sexta, exceto feriado, emendas e na semana entre o natal e o ano novo.
Fatalidade
Um operador motociclista
infelizmente faleceu nesta atividade, quando um veículo no sentido oposto
adentrou propositalmente a reversível e o lançou para a outra pista, no
Bresser. Lucio Formigoni trabalhava em dupla com o operador Lo Ré, ainda
operador desta reversível, quando sofreu o acidente. Sua esposa Meire, era um dos
PAC’s, que monitorava a reversível do alto de um prédio.
homenagem ao operador Lo Ré
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